COSTA DE CAPARICA»» André Sousa e Gazza falam dos incidentes - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

COSTA DE CAPARICA»» André Sousa e Gazza falam dos incidentes

"O que o árbitro diz é mentira 
quem o agrediu fui eu e não o meu irmão” 

Toda a gente na bancada viu, os treinadores e os jogadores do Almada viram, os nossos treinadores também viram. Não sei de onde vem a fixação dele no n.º 23, dizendo que a agressão foi feita por trás e por ele quando na verdade foi feita pela frente e por mim que tinha um equipamento completamente diferente porque estava no banco de suplentes, com colete e sweet-shirt, afirmou André Sousa

Gazza e André Sousa, os protagonistas dos incidentes registados no passado domingo no Campo dos Pescadores, que levaram à suspensão do encontro com o Almada, quando estavam decorridos apenas 11 minutos, reconhecem o erro mas não compreendem a atitude do árbitro, David Salvador, que afirma que quem o agrediu foi Gazza quando na verdade foi André Sousa. Repor a verdade dos factos para que não pague o justo pelo pecador é o que pretendem os irmãos Sousa, conforme adiantaram ao nosso jornal. Comecemos então por Gonçalo Sousa [Gazza] que esteve na origem dos acontecimentos devido à falta que cometeu sobre um jogador do Almada: “Foi uma entrada mais forte sobre um jogador do Almada. Quando ele se levantou para vir para cima de mim, como reflexo de protecção, empurrei-lhe a cara e fui expulso com vermelho directo. Protestei com o árbitro por estar nervoso mas agora reconheço que a expulsão foi justa, não pela alegada agressão mas sobretudo pela falta que cometi. Na altura, com o calor do jogo e com o ambiente que estava, não consegui reconhecer isso. Depois, houve alguma confusão e vejo também o meu irmão ser expulso, percebi que tinha sido por palavras e quando estou a chegar ao pé do meu irmão vejo o árbitro cair dizendo que tinha sido agredido. Viemos os dois juntos para o balneário e passado algum tempo apercebe-mo-nos que já não havia jogo. Quando estava pronto para tomar banho no balneário fui abordado pela polícia que vinha para me identificar. Foi aí que ficámos a saber que o árbitro tinha dito que o agressor tinha sido eu e não o André. Tentámos esclarecer a situação mas o árbitro insistiu que tinha a certeza que tinha sido eu a agredi-lo por trás quando o próprio André estava a assumir, perante o árbitro e perante a polícia, que tinha sido ele. Os treinadores do Almada também confirmaram, mas ele também não nos atendeu. Nem eu, nem o meu irmão, nos orgulhamos do que fizemos mas queremos esclarecer a situação e limpar um pouco a minha imagem porque não fui eu que o agredi. Não posso, nem devo, ser castigado por uma coisa que não fiz. Se tiver que ir para tribunal para limpar a minha imagem como pessoa, irei. Toda a gente está disposta a testemunhar a meu favor”, disse.

 “Pensei que estava a ser expulso por aquilo
 que tinha dito ao árbitro e não pelo que havia dito ao assistente”


  “Perante o que estava acontecer com o meu irmão, como estava no banco, fui pela linha lateral e quando passei pelo árbitro assistente, disse algumas palavras menos próprias, este levantou a bandeirola e deu sinal ao árbitro. Quando cheguei ao pé dele, muito calmamente, disse-lhe mas que merda é esta. Ele deu um sprint até mim e mostrou-me o vermelho. Foi aí que perdi a cabeça. Na altura, não me apercebi que o assistente tinha levantado a bandeirola e pensei que estava a ser expulso por aquilo que tinha dito ao árbitro e não pelo que anteriormente tinha dito ao assistente. Agora, reconheço que aquilo que disse ao árbitro assistente foi grave e que fui bem expulso. Só não compreendo como ele diz que foi o n.º 23 a agredi-lo quando a agressão foi feita por mim, de frente, na parte esquerda da cara dele, pela minha mão direita e não pelas costas, como ele afirma. O assistente estava do lado direito e tinha campo aberto para ver o que se estava a passar. Toda a gente na bancada viu, os treinadores e os jogadores do Almada viram, os nossos treinadores também viram. Não sei de onde vem a fixação dele no n.º 23, dizendo que a agressão foi feita por trás quando na verdade foi feita pela frente e por mim que tinha um equipamento completamente diferente porque estava no banco de suplentes, com colete e sweet-shirt”, afirmou André Sousa.

 “Naquele momento claudiquei. E, por isso, estou a dar a cara” 

 “Quando a polícia foi ao balneário para identificar o meu irmão fiquei espantado. Assumi, desde logo de livre vontade que tinha sido eu e tentei explicar isso ao árbitro e até levaram o meu cartão ao balneário dele, mas ele continuou com a mesma opinião. Não sei o que escreveu no relatório mas saiu de lá com a convicção que tinha sido o n.º 23 a agredi-lo e não eu, como na realidade aconteceu. É claro que estou arrependido, quem me conhece sabe que não sou um jogador indisciplinado. Não escondo que naquele momento claudiquei. E, por isso, estou a dar a cara. Agora a única coisa que peço é que o castigo venha para mim e não para o meu irmão porque não foi ele que o agrediu, como o árbitro diz. Não quero com isto fugir ao castigo. Se amanhã chegassem ao pé de mim e me dissessem que estava suspenso por seis meses aceitava sem problemas porque entendo que deva ser punido. Mas, neste caso o que o árbitro está a dizer é mentira. O que quero é que o meu irmão leve o castigo que tem que levar pela expulsão e que tudo o mais seja imputado a mim porque fui eu o autor do crime”, frisou.

 André Sousa, alertou também para a diferença existente entre o que se passa no futebol profissional e no futebol amador em matéria disciplinar. “No futebol profissional o João Pinto agride um árbitro em pleno campeonato do mundo e é ídolo do Sporting, o Sá Pinto também agrediu um treinador e continuou em funções, era director no Sporting, bateu no capitão de equipa e ainda hoje é treinador e nós aqui no distrital quando fazemos qualquer coisa semelhante somos logo criminosos. Quer isto dizer que a nível profissional as coisas conseguem-se escamotear mas que a este nível, como não temos os mesmos meios de defesa, o que o árbitro escreve é lei”.

E, a concluir, acrescentou: “Pela minha parte só quero pedir desculpa aos principais visados. Neste caso, ao árbitro, aos adeptos dos dois clubes e principalmente ao meu grupo de trabalho porque fiz perder um jogo sem o disputar, devido a uma atitude irreflectida. E, por fim, dar uma palavra aos adeptos do Costa que são enormes porque nunca nos abandonam”.

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